Quando éramos crianças e o mês de outubro chegava, era o tempo de comemorar três aniversários em casa. Mãe, Júlia e Eu. Fazíamos um bolinho e cantávamos parabéns. E o bolinho tinha esse nome só pelo tamanho da festa, porque ele nunca era nem pequeno e nem simples. Um deles era esse bolo Floresta Negra.
Nossa Tia Maria fazia os melhores bolos da confeitaria tradicional. No Natal ela fazia um bolo enorme, para que todos pudessem comer um “docinho” e repetir o quanto quisessem. Esse bolo foi uma das minhas escolas. Eram oito receitas, recheadas com creme de confeiteiro e frutas picadas, cobertos com merengue. Um bolo monstro, grande. Eu untava as assadeiras e lavava as tigelas para que, pouco a pouco, os bolos fossem feitos, assados e recheados.

